terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Falta ÓDIO no discurso da esquerda brasileira. Sim! ÓDIO DE CLASSE!

 

O bom mocismo reina nas palavras e atitudes. A covardia gestual, além de temerosa é anti estratégica.
Mas quem compõem a atual "esquerda" abandonou há tempos os preceitos da Luta de Classes, o Socialismo e a Revolução Social. Se refugiam nas pautas identitárias. A geração woke é um cancro ideológico, alocado mansamente como filial do departamento de estado ianque e se confrontado é prontamente acionado o comando da cultura do "cancelamento", da lacração e o debate é inexistente. Se há, é rebaixado e indigente. Viés cognitivo de quinta categoria, embrulhado para digestão das bolhas sociais, cujos "ativistas" "pregam" o tal dístico "fogo nos racistas/fascistas",mas é tudo da boca pra fora. Não há intenção alguma de conflito/enfrentamento diante da ala mais reacionária da sociedade.

As ruas que seriam locais para esta ebulição estão esvaziadas de sentido revolucionário pungente, tendo assim as "lutas" cada vez mais ocupando somente os espaços estéreis das telas dos celulares e notebooks. E portanto, desprovidas de sentido real e expansivo.
Cada qual no seu quadrado, esperando medidas "humanitárias" de um governo que está no núcleo de um capitalismo predatório, que disfarça a sua voracidade de poder e dominação através de pautas envernizadas de boas intenções, simpáticas e coloridas.
Enfim, a coletividade dá lugar ao individualismo débil. Nada mais liberal do que isso.

A classe dominante nada de braçada, pois consolida seu poder sobre o espectro político total. Nada de ousadia por parte da "esquerda" partidária, política e institucional. A postura defensiva entregou as armas para uma direita que faz a crítica ao sistema. Aliás, "crítica" aqui essa não-anticapitalista! É uma farsa retumbante afirmar que existe algo "antissistema"!
Tudo é forjado pelo mesmo sistema, de cima a baixo, ocupando brechas e deslocando vieses de caráter pós-moderno e antirrevolucionário.
A "guerra de narrativas", o uso e abuso de terminologias e nomenclaturas medíocres, é uma caracterização grotesca de uma era sem novidades para além de horizontes nebulosos, de sentidos que orbitam em torno de mundos cada vez mais distantes da realidade concreta.
 
Portanto, sejamos apenas "resilientes", buscando "ressignificar" e "desconstruir" essa ordem, sem tocar em seus pontos chaves, como a propriedade privada, a concentração oligárquica e familiar dos meios de comunicação, o sistema da dívida pública, o entreguismo do patrimônio público na forma das privatizações, a necessidade de uma reforma agrária, enfim, nada de DESTRUIR o que está aí que está nos corroendo e nos afundando nesse atoleiro!

Mas..."âin, isso é discurso de ódio"...SIM, FALTA ÓDIO DE CLASSE pra arregaçar de vez essa farsa que é denominada de "democracia" com suas instituições liberais-burguesas que sugam o suor dos trabalhadores, que impedem o desenvolvimento do país, afundam a infraestrutura da saúde,
da educação, da energia, da economia...mas enquanto isso, sempre há o refúgio dos covardes que correm para debaixo da toga de algum juiz de estimação de plantão de um lado, e de outro lado o bando de debiloides que adoram lamber coturnos e se abrigar sob as fardas militares, esperando um "deus-general" para botar ordem no galinheiro. A falência não é só do estado brasileiro, mas de toda a sociedade que ainda vive em um buraco de minhoca pós-eleitoral, sempre repercutindo fofocas pseudo polarizadas, lacrando e mitando nas redes sociais. Uma piscina de merda que muitos pulam de cabeça, adorando rebater as provocações cretinas reciprocamente, totalmente despolitizadas, ou seja, a reprodução apenas, pura e simples de um Fla-Flu vagabundo, cognitivamente falido e alienado, anulando por completo o discernimento que necessitamos para exercer um pensamento crítico, verdadeiro e fundamentado em ideias que possa tornar um país soberano, independente e livre das amarras do subdesenvolvimento.

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