quinta-feira, 28 de março de 2024

ÍNDIO QUER MEDALHA, BRANCO QUER AMAZÔNIA - A SAGA COLONIZADORA CONTINUA....

 

 


A saga colonizadora continua. O presidente francês Emanuel Macron veio ao Brasil pautar a Amazônia. Com ele a tiracolo, o presidente Lula e o Cacique Raoni. Entre os salamaleques oficiais, um tempinho para fotos. Nelas vemos a celebração da cumplicidade neo colonizadora, não bastasse a condecoração por Macron à Raoni. Muito simbólico isso, tanto quanto concreto. Índio quer medalha? Parece que sim...medalha! medalha! medalha! como dizia aquele antigo personagem de desenho animado. Como não relembrar de um passado há 524 anos, em que o "descobrimento" foi marcado por "presentes" dos conquistadores aos nativos como espelhos e outros badulaques, que fizeram a cabeça dos ancestrais? Em troca, o escambo é história(madeira, ouro, etc.)...O desenho da situação indígena no país é desanimador. Os Yanomamis padecem de inanição. Medalhas concedidas por chefes de estado com um passado de massacres colonialistas nas costas, não irão amenizar. O que há de errado nisso? Tudo!

Subserviência e entreguismo são dois termos que expõem o contexto da visita presidencial do chefe francês. Geopoliticamente, a Amazônia é um território muito cobiçado por potências estrangeiras. Já houve um tempo em que a Amazônia era nossa. tal qual o petróleo, também era nosso.  E no entanto, assistimos inertes a pronta entrega de nossas riquezas aos invasores, sem precisar derramar uma gota de sangue sequer. Ou nem uma gota de suor de resistência por nossa parte. E para que isso ocorra de forma pacífica e sem nenhum arranhão, é preciso haver a condescendência dos supostos representantes do povo.

 


Os assim urdidos representantes dos povos indígenas- alguns financiados pela Fundação Ford -, seduzidos e deslumbrados com o luxo e as regalias que o poder lhes fornece, parece os fazer esquecer da condição que deveriam marcar sua existência e dos povos originários nos trópicos. Aceitar "honrarias" de próceres com sangue nas mãos é um absurdo! É cuspir na própria trágica história de dizimação que seus ancestrais sofreram e ainda sofrem. Mas os tempos são outros. Identitarismo e a cultura woke dão as cartas e lacram ignorando por completo a coerência e a dignidade que deveriam existir em relação a este passado. Respeito? Falam tanto em "respeito" e no entanto se comportam como os "silvícolas' que dançam pra gringo ver e aplaudir, enquanto isso metem a mão nas terras e riquezas que nos foram legadas pela natureza. Afinal, é tudo pela "diversidade"...

A agenda é essa. Parece que o patrão mudou. A procedência imperialista e neo colonizadora se desloca agora da África para o nosso continente. Depois de tomar vários pés na bunda no continente africano, berço da humanidade, a França encontra aqui o seu novo refúgio. Tio Sam e suas ONGs ainda estão na área. Porém, agora temos "visitas", ou seja, aguardemos as cenas dos próximos capítulos...



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