A burgo mídia corporativa otanista não perde um segundo de oportunidade para espezinhar Putín e a Rússia; De uma hora pra outra, Prighozin do Grupo Wagner se tornou "simpático" e um possível "aliado" do Ocidente. Só que o sangue derramado esperado por Washington( que sabia ou não sabia? - pergunta retórica -) não apareceu. Nem tampouco, a escalada de um golpe ou de uma guerra civil russa . O que pode ter ocorrido(pois a verdade ninguém sabe....) foram desacordos internos, entre a parte dirigente do Grupo Wagner com o ministério da defesa ou exército russos. Uma intriga, conflitos de egos. Algo contornável por Moscou. Tanto que marcharam em direção à Belarus. Sem nenhum dano aparente a nenhuma instalação governamental, institucional ou de infraestrutura atacada pelo caminho, ou seja, sem nenhum rastro de destruição por onde passaram.
Evidente, que a primeira percepção foi de um motim, ou uma rebelião. A vida nas ruas de Moscou segue como nas ruas de qualquer grande cidade do mundo. Para os "especialistas" da burgo mídia à serviço da Otan, havia todo um cenário propício de uma "virada" dos Wagner contra o Kremlin. Mas exatamente à troco de quê? São chamados de "mercenários", mas agora podem ser vistos como "combatentes"?; Assim como o batalhão nazi de Azov, tratado como "ultranacionalista", "radical", etc.
Mas os olhos brilhando dos correspondentes internacionais da mídia corporativa, não conseguiam disfarçar o regozijo em torno de um suposto caos anti Moscou. A postura corporal e vocal dos apresentadores dos telejornais denunciavam um "flerte"com uma suposta insurreição no coração da Rússia: "Golpe contra Putín!" "Putín está foragido!" Ora, quase um orgasmo (des)informacional!
Não à toa, o título desta postagem sugere mais que um trocadilho vigarista; Remete a Onan, ou onanismo - o ato de masturbar-se. Também se trata de um personagem bíblico. O fálico microfone recebe as gotículas dos perdigotos das bocas ávidas em êxtase dos repórteres que transferem os sentimentos no momento mais tenso de um conflito! Nada mais simbólico. Carnal. À flor da pele.
Ou nada mais broxante que o palavrório dessa mídia pró Otan.
Não precisa saber muito de Freud/Jung/Lacan pra sacar que a libido da hegemonia ocidental está "lá em cima" nas alturas, mais do que os índices das bolsas de valores, quando há o predomínio de uma vantagem na guerra, por mais que seja mínima. o que importa é a tal da "narrativa".
Linguagem é poder. E numa guerra uma informação, ou desinformação são armas, são bombas que perpetram estragos monumentais na percepção das multidões. A opinião pública é uma caixa de ressonância formatada, e o senso comum é a ruína de qualquer racionalidade; Maquiavel já dizia que para se governar melhor, basta fazer com que o povo não saiba que está sendo governado.
Mas o tesão da mídia corporativa reside exatamente no ato de comandar uma guerra mental todos os dias contra corações e mentes; bombardeando com soft powers sistematicamente para limpar o campo de batalha dos destroços do inimigo. A "pauta" do dia, o entretenimento até de uma guerra gera e manipula emoções em vários e amplos sentidos.
Eis o inconsciente da mídia-otan:
-A dor dos aliados é maior que a dos "vilões malvadões". -As nossas crianças sofrem mais que as outras, filhas dos algozes da democracia. -As nossas mortes são mais sentidas. -Os nosso direitos humanos são mais direitos e humanos, nossos negros, nossas mulheres são mais empoderadEs.-As nossas mazelas são menores que as da Venezuela. Somos foda, porra! -Será que esses metidos à soberanos do outro lado do atlântico não sabem disso? -Por que nos odeiam tanto, ó Cristo?? (SIC!)
E assim, um arsenal de baboseiras é vomitado cotidianamente, via televisão ou internet. Redes Sociais servem de termômetro para denunciar o festival de absurdos proferidos por quem fala movido pela monetização e por quem goza com a desregulamentação de todos os setores midiáticos; Tanto para a mídia burgo corporativa quanto para as Big Techs.
Enfim, o mundo da guerra segue seu curso. Negociam-se vidas, chantageia-se à rodo. A alvorada aguarda por uma grande orgia de cadáveres despedaçados e calcinados. De drone em drone, de míssil em míssil, de mentira em mentira, de factóide em factóide, que atire a primeira pedra quem nunca cometeu fake news!...tudo pela Democracia, é claro! Relaxe e goze...