terça-feira, 27 de junho de 2023

Caso Wagner: Mídia-Otan ou Mídia-Onan?


 

 

A burgo mídia corporativa otanista não perde um segundo de oportunidade para espezinhar Putín e a Rússia; De uma hora pra outra, Prighozin do Grupo Wagner se tornou "simpático" e um possível "aliado" do Ocidente. Só que o sangue derramado esperado por Washington( que sabia ou não sabia? - pergunta retórica -) não apareceu. Nem tampouco, a escalada de um golpe ou de uma guerra civil russa . O que pode ter ocorrido(pois a verdade ninguém sabe....) foram desacordos internos, entre a parte dirigente do Grupo Wagner com o ministério da defesa ou exército russos. Uma intriga, conflitos de egos. Algo contornável por Moscou. Tanto que marcharam em direção à Belarus. Sem nenhum dano aparente a nenhuma instalação governamental, institucional ou de infraestrutura atacada pelo caminho, ou seja, sem nenhum rastro de destruição por onde passaram. 

Evidente, que a primeira percepção foi de um motim, ou uma rebelião. A vida nas ruas de Moscou segue como nas ruas de qualquer grande cidade do mundo. Para os "especialistas" da burgo mídia à serviço da Otan, havia todo um cenário propício de uma "virada" dos Wagner contra o Kremlin. Mas exatamente à troco de quê? São chamados de "mercenários", mas agora podem ser vistos como "combatentes"?; Assim como o batalhão nazi de Azov, tratado como "ultranacionalista", "radical", etc.

Mas os olhos brilhando dos correspondentes internacionais da mídia corporativa, não conseguiam disfarçar o regozijo em torno de um suposto caos anti Moscou. A postura corporal e vocal dos apresentadores dos telejornais denunciavam um "flerte"com uma suposta insurreição no coração da Rússia: "Golpe contra Putín!" "Putín está foragido!" Ora, quase um orgasmo (des)informacional!

Não à toa, o título desta postagem sugere mais que um trocadilho vigarista; Remete a Onan, ou onanismo - o ato de masturbar-se. Também se trata de um personagem bíblico. O fálico microfone recebe as gotículas dos perdigotos das bocas ávidas em êxtase dos repórteres que transferem os sentimentos no momento mais tenso de um conflito! Nada mais simbólico. Carnal. À flor da pele.

Ou nada mais broxante que o palavrório dessa mídia pró Otan.

Não precisa saber muito de Freud/Jung/Lacan pra sacar que a libido da hegemonia ocidental está "lá em cima" nas alturas, mais do que os índices das bolsas de valores, quando há o predomínio de uma vantagem na guerra, por mais que seja mínima. o que importa é a tal da "narrativa".

Linguagem é poder. E numa guerra uma informação, ou desinformação são armas, são bombas que perpetram estragos monumentais na percepção das multidões. A opinião pública é uma caixa de ressonância formatada, e o senso comum é a ruína de qualquer racionalidade; Maquiavel já dizia que para se governar melhor, basta fazer com que o povo não saiba que está sendo governado. 

Mas o tesão da mídia corporativa reside exatamente no ato de comandar uma guerra mental todos os dias contra corações e mentes; bombardeando com soft powers sistematicamente para limpar o campo de batalha dos destroços do inimigo. A "pauta" do dia, o entretenimento até de uma guerra gera e manipula emoções em vários e amplos sentidos. 

Eis o inconsciente da mídia-otan:

-A dor dos aliados é maior que a dos "vilões malvadões". -As nossas crianças sofrem mais que as outras, filhas dos algozes da democracia. -As nossas mortes são mais sentidas. -Os nosso direitos humanos são mais direitos e humanos,  nossos negros, nossas mulheres são mais empoderadEs.-As nossas mazelas são menores que as da Venezuela. Somos foda, porra! -Será que esses metidos à soberanos do outro lado do atlântico não sabem disso? -Por que nos odeiam tanto, ó Cristo?? (SIC!)

E assim, um arsenal de baboseiras é vomitado cotidianamente, via televisão ou internet. Redes Sociais servem de termômetro para denunciar o festival de absurdos proferidos por quem fala movido pela monetização e por quem goza com a desregulamentação de todos os setores midiáticos; Tanto para a mídia burgo corporativa quanto para as Big Techs.

Enfim, o mundo da guerra segue seu curso. Negociam-se vidas, chantageia-se à rodo. A alvorada aguarda por uma grande orgia de cadáveres despedaçados e calcinados. De drone em drone, de míssil em míssil, de mentira em mentira, de factóide em factóide, que atire a primeira pedra quem nunca cometeu fake news!...tudo pela Democracia, é claro! Relaxe e goze...



terça-feira, 20 de junho de 2023

O JOGO JOGADO GEOPOLÍTICO OU A LIBERDADE COMO UMA CAIXINHA DE SURPRESAS

 





No tabuleiro ou no campo de jogo da geopolítica, os players atuam 

de forma adequada às regras que nem sempre eles criaram ou concordam;

já que as mesmas são constantemente burladas por aqueles que não se arriscam

sujar o calção. Ou no caso, o terno e a gravata. Ou a farda. Ou a toga.


Os agentes que na surdina, no subterrâneo, invisibilizados por uma mídia corporativa à serviço, tangencia suas presenças. A cara a dar a tapa é a dos governos, “divididos” segundo critérios pra lá de suspeitos entre “democráticos”

ou “autocráticos”. 


Os considerados “democráticos” são aqueles que “cumprem” o serviço; atendem as demandas e exigências das agendas e dos comandos, estão 

umbilicalmente atados aos interesses financeiros oligárquicos. Ganham “biscoito”

se conduzem uma política [de fora para dentro], mantendo uma dependência sobretudo econômica, de acordo com o cronograma corporativo e a ganância dos acionistas, rentistas, financiadores, especuladores e achacadores dos seus próprios povos e países. Portanto, passam a imagem de bonzinhos, “defensores dos direitos humanos/civis”, pseudo progressistas - por mais conservadores que sejam - e o que mais importa, liberais. Por mais que a CRISE coma seus povos pelas entranhas…

 

Os considerados “autocráticos” são os vilões da história; os malvadões. “contra os direitos humanos/civis”, afrontadores da ordem, assim classificados por apenas tentarem seguir caminhos que não sejam aqueles determinados pelos poderosos grupos transnacionais oligarcas e monopólios financeiros corporativos. Tentam ser soberanos, visando antes defender os interesses de seus povos e nações. 

Mesmo estando à esquerda ou à direita, correm o risco de terem suas fronteiras invadidas, ameaçadas, bombardeadas, tanto pelo mega hard power ou pelo soft power.


Aqui corações e mentes estão na alça de mira desse novo desenho geopolítico que se vislumbra no horizonte, das guerras assimétricas, híbridas, em tonalidades variadas, desde a cultura do cancelamento nas redes digitais a sanções econômicas. Da indústria cultural às religiões de recorte neopentecostal. O ocidente é implacável com seus cães de guarda ideológicos: OTAN, CIA, RAND, FMI, Banco Mundial, USAID, NED, e sempre contando com a little help de um MOSSAD da vida. E sim, também a subalternidade interna de burguesias vendidas, secretarias do grande capital, e suas instituições civis e militares. Já é de conhecimento de muitos autores que versam sobre o tema,  a realidade construída artificialmente que visa desestabilizar internamente o ambiente político dos regimes “autocráticos” pela alcunha de primaveras ou revoluções coloridas. Mas tudo construído “democraticamente”, é lógico…


As reuniões de organismos de CEOs e chefes de estado, como as do Fórum Econômico Mundial de Davos na Suíça, ou os de Bilderberg - mais secreta, porém não menos conspiratória - servem para determinar os rumos do planeta em todas as suas instâncias: ambientais, sanitárias, direitos humanos/civis, sociais, econômicas, tecnológicas, científicas, culturais e políticas. Fala-se muito em great reset, ou um “grande re-início”, um meio cujo fim implica futuramente apoderar-se do que ainda não está completamente em suas mãos. Grosso modo é isso. Crises, guerras, revoltas, bagunças em geral são plantadas. Podemos estar diante de uma grande avalanche terminal, ou talvez o último suspiro pela disputa do controle total do mundo(nuclear?).

 

Quem viver, verá se esse jogo termina no tempo previsto, ou se haverá prorrogação e pênaltis. A liberdade pode ser uma caixinha de surpresas. Que soe o apito…final?

Façam suas apostas! 



segunda-feira, 12 de junho de 2023

A "BRAIN DAMAGE" DA COVARDIA SIONISTA

 


 

A covardia da ideologia sionista não tem limites. 

Israel massacra palestinos, sob a conivência do ocidente hegemônico e persegue contra quem ousa denunciar seus crimes e atrocidades.

Desta feita, o bode expiatório da vez é Roger Waters. O ex-Pink Floyd é alvo agora de CENSURA no Brasil, onde deve se apresentar - caso não seja cancelado por aqui pela ideologia sionista covarde dominante. O músico sempre se posicionou de maneira coerente sobre a causa palestina e denunciando a barbárie do estado israelense.

A acusação contra Waters é patética. Sua prisão será decretada pelos capachildos do lobby sionista brazuca, se utilizar suposto figurino "nazista". Aliás, FIGURINO NAZISTA deve ser "privilégio" dos soldados dos batalhões ucranianos, que usam e abusam de símbolos, saudações e gritos de guerra. A mesma Ucrânia apoiada pelos defensores da "democracia" e da "liberdade de expressão" ocidentais. Defendida com unhas e dentes pelo "jornalismo"(SIC!) made in OTAN, presidida pelo ex-palhaço e agora "herói de guerra", Zelensky. Aliás, tudo gente boa, de moral ilibada....

O desfile de cinismo e hipocrisia se reflete na covardia sionista que se utiliza do argumento do antisemitismo. Tudo que é dito contra Israel é considerado antisemita. E portanto, associado ao nazismo. Nada mais cretino e absurdo!

Se formos ver, são considerados SEMITAS todos os povos da região média do Oriente. Mas isso, passa despercebido ou ocultado, já que a mídia corporativa hegemônica é cativa da propaganda ideológica sionista. Israel, por sua vez é um país criado em 1948 em solo originariamente palestino. Na prática, tem como função servir de um núcleo para o ocidente - EUA - uma base militar, que visa dividir o Oriente e ameaçar os países árabes, roubando suas riquezas, como o petróleo, e ameaçando cotidianamente seus povos.

Semelhante como foi a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, Israel encontra aí um espelho;  os métodos aplicados contra o povo judeu são repugnantes e abomináveis. Não deveriam jamais serem repetidos por nenhuma outra nação deste mundo em qualquer parte deste planeta. Mas a tragédia histórica se repete. Para uns, isso não é aprender com o passado, mas por outro lado é lição aprendida e repetida com mais ênfase e brutalidade. Lamentável!

Eis, o lobby sionista. Como um título de uma música do Pink Floyd, trata-se de um grande Brain Damage ou seja, um dano, uma lesão cerebral, dessas vindas de grandes operações psicológicas(psyops) em escala coletiva planetária. 

Alguma dúvida se hoje em dia, Adolf Hitler teria apoio irrestrito e em bloco de Europa e EUA se sua luta fosse apenas contra o Comunismo? Se não tivesse havido o  holocausto de judeus - e aqui ninguém vai negar isso, só pra avisar algum boca aberta de plantão que venha ler este texto e querer vir falar merda - provavelmente estaríamos num inferno de mil anos, Mas o Reich que reina é outro.


Charge : Carlos Latuff


segunda-feira, 5 de junho de 2023

AS "JORNADAS" DE JUNHO DE 2013: 10 ANOS DEPOIS E UMA BREVE REFLEXÃO CRÍTICA


 

Após o "fim do mundo" em 2012*, uma série de acontecimentos inusitados e bizarros
passaram a ocorrer em escala planetária. Sem entrar no mérito de cada acontecimento, aqui
vamos nos deter ao que houve no ano seguinte, precisamente em junho e no Brasil.
O que se passou depois, é consequência nefasta, e veremos o porquê.

A insígnia do "não é só pelos 20 centavos" desencadeou um massivo movimento nas ruas
do país naquele junho. O Movimento Passe Livre (MPL) já obteve ganhos em
outras capitais como aqui em Floripa, arregimentando estudantes e trabalhadores contra o
aumento das tarifas do transporte coletivo. Na época na capital paulista o prefeito era o atual ministro da fazenda, Fernando Haddad e o governador do estado era Geraldo Alckmin, hoje vice presidente do governo petucano.

Muito além disso, o que se viu foi um "grande estouro de manada", reunindo uma grande insatisfação
popular perante a crise econômica instalada no momento. A multidão nas ruas expressava seu
descontentamento com as medidas governamentais, sempre vitimando os trabalhadores
em prol de uma minoria dominante. E enquanto a mídia noticiava a movimentação,
estava inoculando ao mesmo tempo o embrião de uma ideologia.

O que se viu foi a cooptação pela direita política de algo que poderia estar no colo da própria
esquerda institucional, que não soube fazer desse limão uma limonada; ou seja, com as massas ganhando as ruas, a coisa passou a adquirir um outro caráter. No ano seguinte(2014), ano de Copa do Mundo, Dilma se reelege, mas não consegue acalentar os ânimos. Mais protestos surgem, agora contra os gastos com a realização da Copa. Lei aniterrorismo é implantada. O governo não soube conduzir a ansiedade popular e a crise econômica se tornou uma grande crise política culminando no afastamento de Dilma através do processo de impeachment.

No ano de 2016, a burgo mídia corporativa deu ampla cobertura às manifestações de camisas da CBF
com flashes ao vivo em intervalos da transmissão dos jogos de futebol aos domingos, patrocinando uma
grande fanfic que já irrompia o reacionarismo que viria a caracterizar e concretizar o domínio de um novo cenário político.

Com a ascensão do vice Temer, o que se nota é o "fechamento" do regime em torno de mais medidas antipovo. E daí com a instalação sob os holofotes midiáticos da infame operação lava jato, a juristrocratização da política se tornou um fato.
Das ruas para os tribunais, o deslocamento armado pelas instituições liberais burguesas, conflagrou o
verdadeiro GOLPE contra o país. A verdadeira "narrativa" do "golpe" é essa; não foi pelos 20 centavos e nem pra depor o PT do poder (lawfare) - que não soube organizar e mobilizar a militância e o povo para impedir sua derrocada.
E sim foi a ânsia entreguista lavajatista na aparente "luta contra a corrupção"(SIC!) que culminou em perdas infraestruturais e no aceleramento da desindustrialização, sob a direção externa de Washington.
Viria à tona personagens escabrosos como um "certo" juiz Sérgio Moro e movimentos gestados no próprio âmbito das ruas como o bando de playboys ancaps do MBL, alçados depois a carreira parlamentar. O olavismo cultural vira um tutorial para os imbecis que "descobriam" as maravilhas do mundo político.

A merda estava feita...

Chega o ano de 2018, e um certo capitão-deputado se elege presidente da república. Surfando na onda
da revolta cívica, Bolsonaro, o espantalho que muito bem serviu para as operações psicológicas orientadas num jargão "contra tudo que está aí", soube ser o personagem central de uma trama que reuniu a inteligência do exército com a moda juristocrática e o apelo "antipetista" na esteira oportuna "contra a corrupção"...Lula é preso e impedido de se candidatar.
O restante todo mundo já sabe. Cai o pano.

Mas o que de fato significou as tais "jornadas "de 2013? Uma insurreição popular? Uma primavera?
Ou uma revolução colorida?  Dá muito pano pra manga refletir sobre estas valências. 

No entanto, a crise econômica segue agravando-se com perdas de direitos trabalhistas e previdenciários para a Classe Trabalhadora e aumento nos índices de desemprego, a escalada da fome, colapso na saúde, etc. Sem contar na trilionária dívida pública e do assalto à Petrobràs pelo rentismo internacional e privatizações como as da Eletrobrás.

Personagens e "narrativas", pandemia, CPI, desgraças e tragédias em todos os aspectos da vida surgiram em escala disruptiva como um bueiro estourando vindo à tona toda a nojeira antes represada. Eis a IDEOLOGIA apresentada e representada pela classe dominante serviçal das oligarquias transnacionais condutoras de guerras híbridas, sempre no controle das coisas, acionando as marionetes
da burgo mídia e aparelhando a internet e as redes sociais e seus esquemas algorítmicos, refletindo mais uma vez a confusão mental em massa de uma "guerra cultural", DIVIDINDO PARA CONQUISTAR sempre mais mentes e corações. E assim chegamos a esse ponto, com o aprofundamento da crise e o tecido social sendo oportunisticamente dominado por um novo/velho reacionarismo, que no seio da classe média encontrou um lugar cativo para se instalar e se afirmar.

No final das contas, 2013 teve um impacto como um 1x7, com uma esquerda social liberal que nada tem a ver com a luta revolucionária e pelo socialismo, sem condições ou vontade de reunir as massas e afundada no identitarismo, copartícipe desse próprio processo e perdida no gerenciamento da crise do sistema. Crise agravada pelo gerenciamento anterior de uma direita carcomida, que ainda serve de sustentáculo parlamentar ao governo "progressista" atual, de frente amplíssima contando até com a colaboração dos setores mais reacionários políticos, financeiros e produtivos.

A presumida "polarização" do espectro político brasileiro é falso e artificial. E de caráter moral e eleitoreiro. Porque são partes componentes constituídas advindas de uma mesma ideologia de dominação. Em cada ponta, está o intocável compromisso com o tripé macroeconômico(superávit primário/metas de inflação e câmbio flutuante), com as tais agendas plutocráticas, em que nenhum governo por mais facho e/ou woke que seja jamais tocará tal privilégio de classe burguês. O imperialismo segue dando as cartas e dobrando a aposta.O resultado é essa "esquerda" alinhada com as diretrizes do Partido Democrata, enquanto a direita/ultradireita se identifica com o Partido Republicano.

 A estadunidensificação da sociedade brasileira é uma triste realidade. A indústria cultural, o sistema político, judiciário, a moralidade religiosa neopentecostal também constituem este arcabouço ideológico.

 A merda continua fedendo...💩


PS: Segundo a profecia maia, 2012 seria o ano do apocalipse...o que de certa forma faz sentido, ao menos para este escriba aqui...razões não faltam para acreditar nisso!

1° de abril de 1964 - 60 anos do golpe civil-militar e o silêncio da ex-querda: covardia ou conivência?

  Há 60 anos, mais precisamente em 1° de abril de 1964 ocorria o golpe civil-miltar que depôs o então presidente João Goulart. Dali em diant...